16 abril 2011

1001 Filmes: Amarcord (Amarcord)

DIREÇÃO: Federico Fellini;
ANO: 1973;
GÊNEROS: Comédia;
NACIONALIDADE: França e Itália;
IDIOMA: italiano;
ROTEIRO: Federico Fellini e Tonino Guerra;
BASEADO EM: ideia de Federico Fellini;
PRINCIPAIS ATORES: Bruno Zanin (Titta Biondi); Pupella Maggio (Miranda Biondi, a mãe de Titta); Armando Brancia (Aurelio Biondi, pai de Titta); Maria Beluzzi (Tabacaria); Magali Noël (Gradisca, cabeleireira); Josiane Tanzilli (Volpina, prostituta); Giuseppe Ianigro (avô de Titta); Ciccio Ingrassia (Teo, o tio de Titta); Nando Orfei (Lallo ou "Il Pataca", tio de Titta); Gianfilippo Carcano (Don Baravelli) e Luigi Rossi (Advogado).




SINOPSE: "Na pequena cidade italiana de Rimini na década de 30, sob domínio do fascismo, várias histórias se cruzam com as de uma família cujos membros assistem às manifestações em honra de Mussolini, passagens do transatlântico 'Rex', a chegada de um misterioso emir e suas odaliscas, aos filmes de Gary Cooper no cinema local e a passagem dos grandes pilotos da tradicional 'Mile Miglia'". (Sapo Cinema).



"Quando nos deparamos com os grandes nomes de direção na cinematografia mundial, já imaginamos que seus filmes sempre nos agradarão, nos surpreenderão e nos fascinarão, talvez esse seja um dos pontos negativos de ser um gênio em qualquer área: as pessoas não lhe dão o direto de errar. Mas no caso desse primeiro filme de Federico Fellini é justamente isso que acontece, um filme ruim. Muitas vezes abordamos aqui no blog, filmes que tem um roteiro confuso ou sem nexo, mas nesse caso, não há um roteiro, não há um enredo, simplesmente as cenas são jogadas na tela de forma aleatória, sem a menor ligação com a cena anterior e com a próxima, e talvez, seja um dos poucos filmes que tenha essa característica, e ainda sim, está no livro dos '1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer" da qual temos como base para a nossa jornada dos '1001 Filmes', está também presente em uma lista do jornal norte-americano The New York Times como um dos '1000 Melhores Filmes de Todos os Tempos', ou então, presente também na lista de '300 Filmes Para Ver Antes de Morrer' da revista Época. As atuações não se destacam, talvez por não haver a hierarquia clássica do protagonista, atores principais, atores coadjuvantes, figurantes, etc, o que também pode ser um diferencial do filme e uma inovação. Amarcord é uma referência à tradução fonética da expressão io me ricordo (eu me lembro), usada na região da Emilia-Romanha, onde Fellini nasceu, o que nos faz imaginar que essa filmagem seja sobre as recordações de infância do próprio diretor, uma 'autocinebiografia'. Um ponto de destaque positivo é a trilha sonora do filme, de Nino Rota, bastante diversa e gostosa, tendo nos apresentado mais uma trilha inesquecível do cinema. Até o momento foi o pior filme que assisti, não foi uma perca de tempo, pois aprendemos, vimos e descobrimos, além do filme e dos atores, informações e conhecimento periféricos que sempre são bastantes interessantes e bem vindos, mas com certeza, não assistirei novamente esse filme. Talvez, se eu tivesse vivido minha infância na década de 1960, ou se talvez tivesse uma sensibilidade maior, ou então, uma bagagem cinematográfica maior também, poderia vê-lo como um clássico, inesquecível, imperdível, o melhor, o maior, um sonho, etc., o que eu sinto, com certeza, não é nenhum desses adjetivos, diferindo da grande maioria de seus espectadores."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Sim, Fellini é um consagrado diretor italiano com uma grande e muito singular obra, tendo Amarcord muito bem vista e falada. Mas, realmente, para mim, esta comédia é sem graça e confusa, sem roteiro e sem história, recheado de imagens sem conexão entre si (mesmo que com boas atuações e cenas muito significativas, como a que a dona da tabacaria, com seus enormes seios, é seduzida e seduz o jovem rapaz). Se este filme fosse mais linear os personagens e suas marcantes características poderiam se destacar mais. Acho interessante filmes sem história linear, mas este abusa das reminiscências da infância de Fellini, faltando um ponto fixo de onde tudo partiria."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





Para entender o que são os 1001 Filmes, acesse a página explicativa.

Para entender a dinâmica do 'O Teatro Da Vida' visite a página sobre o blog.










































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9 comentários:

  1. Falta bagagem para vocês, com certeza. Mas é legal ver a tentativa de entender filmes como esse. Revejam mais pra frente e o mais importante, aliem o ato de ver filmes com a leitura, não tem nada de feio em ir atrás de críticas e foruns para as vezes acabar tendo aquele insight de "ah, não tinha me tocado disso". Mas continuem com o trabalho de vocês e mais para frente, repito, revejam esse turbilhão de simbologias que é Amarcord.

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  2. Oi, Kleber, tudo bem?
    Sim, precisei criar outra conta no Facebook, aquela que eu tinha deu um problema. O adicionarei assim que possível, pois não posso adicionar mais pessoas no momento devido ao Facebook pensar que posso ser spam. Por isso a maioria das pessoas está me adicionando.
    Abraço.

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  3. Mike,

    Acreditamos que seu comentário foi um pouco... deselegante, levando em conta: 1) primeiro contato com pessoas, com quem você nunca conversou na vida; 2) lendo apenas... um post. Pedimos para que pense um pouco acerca desta conduta da próxima vez que for comentar algo em algum lugar, para não se perder e acabar passando má impressão. Mas mesmo assim, agradecemos seu comentário, o acolhemos, como a todos e refletimos sobre.

    Por fim, o que vemos muito por ai é muita gente com medo de falar coisas negativas de pessoas consideradas geniais. E estas pessoas, quando se encontram com críticas negativas sobre seus ídolos a primeira reação, ao invés de acolher e pensar um pouco sobre, já é atacar e “se vingar”, até mesmo como defesa primária do ser humano, completamente compreensível para nós.

    Acreditamos que a liberdade pode prevalecer e fazer com que as pessoas se sintam a vontade para gostar ou não de Deus.

    Obrigado pela visita ao nosso espaço.

    Abraços,

    Kleber e Jonathan

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  4. Caramba, sério mesmo que você(s) se ofenderam tanto com uma crítica? Eu achei em especial o seu comentário, Kleber, sobre o filme pouco dedicado, só isso, talvez até com um pouco de preconceito anterior. Criticar a não-linearidade gratuitamente da forma que foi feito não soa inteligente ou "entendido", só um tanto raso e um tanto de má vontade com o diferente.

    E o que eu disse sobre "falta de bagagem" era pra ser "na boa". Existe um mundo de diferença entre a linguagem do mainstream hollywoodiano e o que Fellini se propõe a tentar aqui e em outros filmes, não sei qual a história da sua cinefilia, mas uns anos atrás eu passei de filmes de porrada a Bergman em coisa de meses e lembro que o choque foi pesado, isso é normal.

    Fellini não é meu diretor favorito e nem Amarcord o filme que mais gosto dele, minha crítica da crítica foi no sentido de que quando vai encarar um filme como esse tem-se que ter toda uma outra mentalidade sobre linguagem, em termos mais claros: a sensação é que faltou "tentar" ir um pouco além da mera adjetivação, por isso que eu disse sobre ler mais. É legal depois de ver um filme ir atrás de alguns outros textos sobre, ver outras visões, porque assim é possível de vez em quando ver as coisas por outro lado. Falar "sem graça" e "confuso" é fácil, o complicado é dar uma sustentação a isso. Agora relendo vi que o próprio Jonathan a certa altura fala em "bagagem", vocês estão numa epopéia cinéfila e é perfeitamente normal que vendo um filme difícil como esse a opinião variasse, talvez até pra pior, mas iria variar.

    Ademais não tenho problema algum com desgostar dos clássicos, acho saudável e me deixa feliz ver uma crítica negativa e embasada de filmes que a maioria considera intocável.

    Mas sério mesmo, até me assustou um pouco a sua reação, certeza que não é um pouco demais? Enfim, esperava que lidassem um pouquinho melhor com uma opinião negativa. Não precisava tentar traçar uma tese sociológica sobre idolatria de quatro linhas que eu escrevi. Da minha parte esse "overrate" todo conseguiu - apenas - me intimidar a voltar a comentar outras vezes ou em outros posts que eu tenho gostado ou não.

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  5. Mike,

    Vemos que não entendeu bem o que escrevemos sobre o filme assim como nossa resposta. Agradecemos novamente seu comentário e contribuição, e suas críticas estão expostas no nosso blog, pois assim como você, outros podem ler, concordar ou discordar de tudo que divulgamos por lá e, caso mude de ideia, serão bem-vindos seus comentários e visita.

    Kleber e Jonathan

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  6. Puxa, eu ia falar algo sobre isso, mas fiquei intimidade depois da polêmica surgida.

    Passei bastante tempo estudando o Fellini antes de partir para o Cinema Russo, e confesso que fiquei assustado com a opinião de vocês sobre o filme, porque "Amarcord" é um dos melhores.

    Antes de eu dizer qualquer coisa, quero perguntar: é o primeiro Fellini de vocês? E depois: é o primeiro filme não linear que caiu na mão de vocês?

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  7. Olá Luiz Santiago

    Obrigado pela contribuição em nosso blog! Este foi o primeiro filme de Fellini que assistimos, porém já temos história com filmes não lineares, como por exemplo: Koyaanisqatsi (1983, Godfrey Reggio), Aconteceu Perto Da Sua Casa (1992, Benoît Poelvoorde), 2001: Uma Odisséia No Espaço (1968, Stanley Kubrick) e Um Cão Andaluz (1928, Luis Buñuel), só para listarmos filmes da saga '1001 Filmes Para Ver Antes De Morrer' e que já comentamos no blog, e caso se interessasse em ler, seria muito bem vinda outras críticas. No entanto, após assistir fomos pesquisar e saber mais sobre as motivações de Fellini e acho que gostaremos de outros filmes dele, não deste. Realmente foi interessante quando pesquisamos achar apenas 1 comentário negativo sobre o filme no meio de dezenas ou centenas que lemos. Mas realmente nossa percepção não foi das melhores, como comentamos. Lembrando que entendemos o que o diretor quis dizer com a obra e entendemos o que a história queria nos contar, mesmo que pelas entrelinhas, mas não significa, necessariamente, que precisamos gostar ou concordar com a história proposta simplesmente por que a entendemos. E por ser um filme sem linearidade, quem pode nos garantir que entendemos corretamente o que filme tinha para nos dizer?

    Voltei sempre, será um prazer tê-lo conosco novamente!

    Abraços,

    Jonathan Kleber

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  8. Desculpe, mas achar Amarcord ruim não é apenas discordar de quem gosta do filme, é... deixa pra lá.

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  9. Olá amigos, perdoem-me a ignorância mas gostaria de saber os motivos que levaram o Mike e o Santiago a gostarem do filme.
    Gostaria de aprender um pouco com ambos

    Grata

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