Por Jonathan Pereira
MINARETE E RUÍNAS ARQUEOLÓGICAS DE DJAM
(Afeganistão, Ásia || Cultural (Perigo) || 2002)
LOCALIZAÇÃO: distrito de Shahrak, província de Ghor, Afeganistão, Ásia
INCLUSÃO: 29.06.2002
TIPO DE PATRIMÔNIO: Cultural
INCLUÍDO COMO PATRIMÔNIO EM PERIGO: 29.06.2002
CRITÉRIO: II, III e IV.
ÁREA RESTRITA: 0.7 km²
ÁREA TOTAL: 6 km²
IIMostrar um intercâmbio importante de valores humanos, durante um determinado tempo ou em uma área cultural do mundo, no desenvolvimento da arquitetura ou tecnologia, das artes monumentais, do planejamento urbano ou do desenho de paisagem;
IIIMostrar um testemunho único, ou ao menos excepcional, de uma tradição cultural ou de uma civilização que está viva ou que tenha desaparecido;
IVSer um exemplo de um tipo de edifício ou conjunto arquitetônico, tecnológico ou de paisagem, que ilustre significativos estágios da história humana.
DESCRIÇÃO
A 1.900 metros acima do nível do mar e longe de qualquer cidade, o minarete foi construído dentro de um vale acidentado no coração da província de Ghur. É uma estrutura alta, que remonta ao século 12, acredita ter sido construído para comemorar uma grande vitória dos sultões da dinastia Ghurid. Acredita-se que a região de Jam foi a residência de verão dos imperadores Ghurid e provavelmente marca o local da antiga cidade de Firuzkuh, a capital da dinastia Ghurid. O minarete é um dos poucos monumentos bem preservados que representam a criatividade artística e excepcional domínio da engenharia estrutural do tempo. Foi construído na margem sul do rio Hari, na intersecção de dois vales. Com 65 metros de altura, sobre uma base octogonal de 9 metros de diâmetro, seus quatro eixos cilíndricos afilados são construídos de tijolo queimado colados com argamassa de cal. O exterior do minarete é completamente coberto com decoração geométrica em relevo colocada sobre os tijolos. O primeiro cilindro é o mais decorado: ele é dividido em oito segmentos verticais, combinando os da base. Cada zona vertical tem uma estreita faixa de inscrições em uma linha contínua ao redor de cada painel. Há um grupo de pedras com inscrições hebraicas na colina Kushkak entre o minarete e a aldeia de Jam, que acredita ser do século 11 ou 12, provavelmente veio de um cemitério judeu. As ruínas de castelos e torres do assentamento Ghurid encontram-se na margem oposta do rio Hari, norte do minarete e no alto do penhasco. Há também os restos de fortificações visíveis a leste do minarete, dando a impressão de que o minarete foi cercado não por um acordo, mas por um acampamento militar. Desde de a construção do minarete não houveram grandes construções ou trabalho de restauração, exceto a consolidação em torno de sua base. Também foram encontrados no entorno restos arqueológicos que foram pesquisados e registrados como do século 20, mas sem qualquer tentativa de restauração ou reconstrução, sendo a escavação clandestina e descontrolada.
PROTEÇÃO
Para evitar a retirada do patrimônio da lista da UNESCO, e principalmente, manter a conservação do bem cultural, os responsáveis afegão devem: aumentar a capacidade do pessoal no Ministério da Cultura e Informação afegão, que são responsáveis pela preservação da propriedade; a identificação precisa dos bens do Patrimônio Mundial; delimitação clara da área ampliada; conservação do Minarete; garantia de segurança do sítio, e; sistema de gestão abrangente, incluindo o desenvolvimento e implementação de uma política de conservação a longo prazo. Propostas para a proteção do Minarete e seus arredores estão sob discussão científica, incluindo os controles da erosão das margens adjacentes ao Minarete e qualquer movimento adicional no nível de inclinação do monumento. Abaixo, mais imagens do patrimônio:
Para entender sobre os 'Patrimônios da Humanidade' acesse a postagem explicativa.