ANO: 1984;
GÊNEROS: Drama;
NACIONALIDADE: EUA;
IDIOMA: inglês e italiano;
BASEADO EM: peça de teatro homônima de Peter Shaffer;
PRINCIPAIS ATORES: F. Murray Abraham (Antonio Salieri); Tom Hulce (Wolfgang Amadeus Mozart); Elizabeth Berridge (Constanze Mozart); Jeffrey Jones (Imperador José II); Simon Callow (Emanuel Schikaneder); Roy Dotrice (Leopold Mozart); Christine Ebersole (Katerina Cavalieri); Charles Kay (Conde de Orsini-Rosenberg); Barbara Bryne (Frau Weber); Martin Cavina (Salieri Jovem); Roderick Cook (Conde de Von Strack); Milan Demjanenko (Karl Mozart) e Peter DiGesu (Francesco Salieri).
SINOPSE: "Após tentar se suicidar, Salieri (F. Murray Abraham) confessa a um padre que foi o responsável pela morte de Mozart (Tom Hulce) e relata como conheceu, conviveu e passou a odiar Mozart, que era um jovem irreverente mas compunha como se sua música tivesse sido abençoada por Deus." (InterFilmes)
"Para começo de conversa, um dos melhores filmes dentre os mais de 70 que assistimos para esta seção. Sem dúvida! Milos Forman já nos foi apresentado, aqui mesmo nesta seção, com o filme 'O Baile Dos Bombeiros (Horí, Má Panenko, Milos Forman, 1967)', e de uma forma nada prazerosa, o que me deixou com uma pulga atrás da orelha para este filme. Mas de forma contrária àquele, tudo que vimos neste filme não nos faz lembrar em nada com o seu primeiro nesta seção. Nada! Aqui vemos belas atuações de todos os atores e uma atuação das melhores de todos os filmes é de Fahrid Murray Abraham, simplesmente sublime. A fotografia, a arte, o figurino, o enredo, a maquiagem, todos merecedores de destaque, e se um deles fosse realocado em um filme medíocre, este passaria a ser considerado excelente. Mesmo assim há algo que incrivelmente supera tudo: a música. Dizer que Wofie é um gênio e sua obra única, é redundância, mas é sempre bom reforçar algo que realmente é genial e único, e utilizar uma ínfima parte de sua obra para embalar a retratação de sua vida é algo transcendental. Mozart é quase um palhaço, Salieri, o invejoso sem talento, o enredo, apenas a constatação da vida de Mozart através do olhar de Salieri, e por si só, uma disputa com melancolia, traição, mentira e dor, assim, se não fosse a genialidade do personagem principal, a velocidade e direção certa do diretor e a verdade nas interpretações dos atores principais, não resultasse em um trabalho tão espetacular. Ver os dois compositores lendo as partituras é algo que vai além da imaginação, que nos faz imaginar como deve ser a cabeça de alguém que vive de música. Espetacular! Mas ainda tenho que destacar a cena onde Amadeus está doente em sua cama e Salieri, com aprovação e necessidade de ambos, ajuda Mozart a escrever sua última partitura. O encantamento de Salieri e a genialidade de Wolfie, juntos, para mim, uma das cenas mais bonitas, emocionantes, verdadeiras e profundas já vistas no cinema, sem palavras! Filme sensacional!"
(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira
"Assistir 'Amadeus' traz aquele sentimento de se estar em dia com a atividade de cinéfilo, pois é uma obra obrigatória para quem deseja experimentar a sétima arte como se deve. Milos Forman não esta, até este filme, entre meus diretores favoritos, mas esta obra foi conduzida por ele tão bem quanto Mozart realizava suas óperas, e talvez isso, tenha muito do fato de um diretor checo fazer este trabalho. Neste sentido, deixo a dica para assistirem à versão Director's Cut, que tem a obra completa sem cortes comerciais. Neste filme encontramos uma história real, mas floreada livremente pelos realizadores, pois não sabemos a veracidade de muitas das informações históricas da vida de Mozart ou de Salieri ou dos outros personagens. Talvez o Imperador José II seja mais fiel, pois sendo uma autoridade, há maiores registros. Mesmo assim, sendo obra real misturada com ficção, é uma história que vale a pena ser apreciada, com fotografia, atuações e edição ímpares. É fantástico acompanhar o velho Antonio Salieri contar sua história ao lado de Mozart, colocando no tom de sua voz toda emoção que sentia em cada etapa de sua caminhada ao lado daquele que tinha sentimentos contraditórios, ora de admiração intensa, ora de inveja corrosiva. As apresentações musicais deixam a tela ainda mais bonita, seja pela performance dos atores e músicos, seja pelo cenário fiel ao histórico, nos fazendo sentir dentro do teatro, desfrutando de uma ópera de Mozart no momento em que ela está sendo apresentada ao mundo pela primeira vez. Dois pontos históricos facilitaram a criação do enredo: a morte misteriosa de Mozart, cuja causa pode ter sido várias; a loucura de Salieri no final de sua vida, momento no qual falava que havia matado o seu amigo, realmente, mas muito motivado pela loucura... e somente isso, talvez? Tudo isso e o clima de sentimentos à flor da pele garantiram ao filme diversos prêmios, incluindo Oscar, e reconhecimento para os grandes atores que estrelaram o filme, sendo os principais: Fahrid Murray Abraham (Antonio Salieri), Tom Hulce (Mozart) e Jeffrey Jones (Imperador José II), sendo os dois últimos hoje muito diferentes fisicamente (pois é, o tempo passa e transforma). Um filme que mostra o quanto a vida pode ser medíocre, no sentido de que os momentos de felicidade se esvaem e são poucos, e no fim, podemos ficar mesmo sós e loucos, que só de escrever sobre ela já faz-se perder sua grandeza, porque as palavras não exprimem os sentimentos como eles são."
(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy
Uma das maiores obras-primas do cinema e um dos meus filmes favoritos dos que ganharam o Oscar. Pena que o ator Tom Hulce (que faz Mozart) acabou não vingando no cinema.
ResponderExcluir