DIREÇÃO: Nanni Moretti;
ANO: 2001;
GÊNEROS: Drama;
NACIONALIDADE: Itália e França;
IDIOMA: Italiano e Latim;
ROTEIRO: Nanni Moretti, Heidrun Schleef e Linda Ferri;
BASEADO EM: em ideia de Nanni Moretti;
PRINCIPAIS ATORES: Nanni Moretti (Giovanni Sermonti); Laura Morante (Paola Sermonti); Jasmine Trinca (Irene Sermonti); Giuseppe Sanfelice (Andrea Sermonti); Sofia Vigliar (Arianna); Renato Scarpa (Diretor Da Escola); Roberto Nobile (Sacerdote); Paolo De Vita (Pai de Luciano); Roberto De Francesco (Atendente da loja de disco); Claudio Santamaria (Atendente da loja de mergulho); Antonio Petrocelli (Enrico); Lorenzo Alessandri (Pai de Filippo); Alessandro Infusini (Matteo); Silvia Bonucci (Carla); Marcello Bernacchini (Luciano) e Alessandro Ascoli (Stefano).
SINOPSE: "Giovanni (Nanni Moretti) é um psicanalista que reside e trabalha na cidade de Ancona, na Itália. Ele é casado com Paola (Laura Morante) e tem dois filhos: a menina Irene (Jasmine Trinca) e o jovem Andrea (Giuseppe Sanfelice). Sua vida transcorre tranqüila, dividida entre a família e o consultório, até que uma tragédia a transtorna completamente. Para atender ao chamado urgente de um paciente, Giovanni deixa de acompanhar o filho à praia e nesse passeio o rapaz morre afogado. A família, é claro, ressente-se profundamente com a morte e Giovanni sofre uma forte sensação de remorso, apesar do apoio da esposa." (Adoro Cinema)
"Mais um filme italiano, talvez a segunda nacionalidade mais presente da seção, atrás apenas dos estadunidenses. E mantendo o esteriótipo de filmes europeus, este aborda uma família feliz, que não tem grandes problemas e que todos seus membros se amam e se curtem. Apesar de haver no filme a clara sensação de felicidade, vida, amor, etc. que estão embutidos na família e em seus membros, o que vemos é tudo muito cinza, sem cor, sem vida, parado, e essa incoerência entre o que vemos e o que sentimos é intrigante. Agregado a isso, o diretor coloca um pai, que é interpretado por ele mesmo, como psicólogo que perde um filho em um acidente e que também se vê com os problemas que muitos de seus pacientes lhe contam e, com seus conhecimentos técnicos, consegue melhorar as suas vidas, mas não a sua própria. Para seu luto, sua dor e culpa, ser psicólogo não adianta em nada, muito pelo contrário, o ajuda a ficar ainda pior. E como diz o ditado: 'o tempo é o melhor remédio', e com o tempo, a vida de todos da família continuam e vão voltando, aos trilhos. Até que uma revelação inesperada dá a possibilidade da família se despedir deu seu filho!"
(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira
"Nanni Moretti é um diretor italiano nascido em Roma que gosta muito de atuar e produzir seus próprios filmes, se apaixonando pelos temas a que se propõe mostrar na tela e fazendo ótimos trabalhos. La Stanza Del Figlio é um filme de ritmo lento, bem como é a simbolização após uma perda, ele se desenvolve mostrando inicialmente o vínculo pai-filho, e após, toda a dificuldade para família no processo de luto. É aquele momento em que fica um vazio difícil de se fechar (e que talvez nunca se preencha novamente), mas que aos poucos vai dando lugar a outros objetos e sentimentos. Assim, este vazio também é simbolizado pelo quarto do filho, sem habitantes, e pelas diversas cenas em que os personagens caminham e percorrem estradas... encontrando barreiras. É uma história tão existencial, tão profunda se pensarmos que vivemos perdendo coisas pelo caminho... e temos que nos virar para nos restaurar entre cacos de vidro que se espalham pelo chão no qual caminhamos. Chama atenção a atuação de Moretti como psicanalista, sendo que seu personagem percorre o caminho em que precisa ajudar outras pessoas com seus sentimentos e emoções, mas não consegue fazer bem seu trabalho devido à dor que sente naquele momento. Neste ponto também vale ressaltar que nunca entendo psicanalistas nos filmes que utilizam anotações enquanto o paciente fala ou fazem utilização da mesa entre ele e o paciente. Mas levando em conta o personagem do filme, podemos pensar no quanto Giovanni, o psicanalista, também precisava se defender dos que tratava. No mais, um filme que me apresentou o grande cantor e compositor Brian Eno e sua vanguarda no estilo Ambient Music. Enfim, um filme italiano bonito, com músicas bonitas."
(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy
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