11 setembro 2006

Estou morrendo aos poucos

Por Jonathan Pereira

Esse ano de 2006 vai recebe um lugar de destaque na história do Brasil, na história da cultura e do povo brasileiro, na minha história. Queria eu poder comemorar esse momento histórico, porém, o momento é de tristeza, é de profundo vazio que vai se abrindo nas nossas vidas.

Infelizmente, nosso país, além de tantos outros problemas que nos assola, também sofre com a falta de cuidado, carinho, preservação e proteção da nossa cultura, da nossa história. Vemos nosso passado ser dilacerado pouco a pouco, devorado pelo câncer que é o o mercado negro, o crime organizado.

Além de tirarem nossa paz, nossa tranquilida, entes queridos, estão levando também nossas lembranças, nosso passado, nossa história, nossa vida.

Sabemos que no Brasil a cultura vêm sempre na lanterna das prioridades políticas e administrativas, tendo a visão de que cultura, conhecimento, história, educação e algo que não é essencial para a sobreviência humana.

Cultura e história do país não tem peso político e não consegue angariar votos a cada quatro anos, além disso, uma estrutura informacional com bibliotecas, museus, arquivos, centros culturais eficazes, que atendam as necessidades de conhecimento do povo, são iniciativas que são colocadas de lado, engavetadas, escondidas, afinal, um povo consciente de sua história, de seu papel e informado, não é o objetivo da maioria dos partidos e dos políticos do país.

É triste constatarmos que profissionais que têm por vocação e conhecimento a guarda, a preservação, a disponibilização e a restauração da nossa história, não são reconhecidos como tal, muitas vezes trabalhando apenas pelo seu ideal de não deixar que um só cidadão deixe de ter acessoa a informação, aos seus direitos, à cultura, a história, provendo estruturas para a geração do conhecimento e transformação pessoal de cada indivíduo.

Chegamos ao limiar do abandono e da depreciação da cultura e da história do nosso país, se nós da sociedade civil, profissionais da informação, cidadãos comuns não exigirmos dos nossos governantes uma postura de defesa da nossa cultura, dentro em breve, estará anunciada a morte de um povo, de uma nação, de um país!
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3 comentários:

  1. Boa noite, Jonathan! Fiquei emocionada ao ler esse seu apelo, é realmente triste e muito preocupante o que está acontecendo com a cultura e a educação em nosso país. Mas o que esperar quando nosso presidente fala em rede nacional que é muito CHATO ler um livro????? O que fazer quando se enaltece o quase analfabetismo de nosso líder maior??? Meu alento é perceber que jovens como você não ficam apenas observando esses disparates e vão à luta, para tentar uma mudança. Parabéns pelo texto!!!
    Um abraço
    Patrícia

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  2. Falou e disse, Patrícia!!! Nada a acrescentar!!!
    Bela escolha do tema, Jonathan!!! Adorei!!!

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  3. legal jonathan, mas eu acho que antes da defesa da cultura, seria necessária a construção de uma cultura menos "colcha de retalhos" (acho que é assim que escreve colcha!!!). é o que eu penso.

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